Vencedores da 5ª edição do Prêmio MapBiomas receberam seus prêmios em cerimônia na noite desta quarta, 16 de agosto, no SESC SP – Centro de Pesquisa e Formação, em São Paulo. Ao lado de convidados especiais e integrantes da equipe MapBiomas, os ganhadores discursaram e assistiram a um festival de curtas do projeto, com apoio do SESC.
“É emocionante para mim e toda equipe do MapBiomas, que produz os mapas e os dados em rede, de forma colaborativa e aberta, gratuita para todos, perceber que tantas pessoas se dedicam em pensar soluções para usos do solo mais sustentáveis e para o enfrentamento das emergências climáticas”, disse Júlia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas, em seu discurso de abertura.
A 5ª edição do Prêmio MapBiomas, realizada em parceria com o Instituto Ciência Hoje, recebeu 163 inscrições, de 7 países. Recorde de inscrições desde a 1ª edição, em 2019.
Orione Mendes dos Santos, da Escola Estadual Professor Benevides, do município de Arinos, Minas Gerais, foi o vencedor da categoria Destaque Aplicações em Escolas, novidade desta edição, com o trabalho “A Renderização da Educação Ambiental Numa Perspectiva de Estudo do Território”. “Vocês, do MapBiomas, não fazem só ciência. Vocês fazem a gente acreditar num futuro melhor. Pra gente, que é de uma cidade do interior, chegar nesse patamar aqui hoje vocês não fazem ideia do quanto está repercutindo positivamente na minha vida, na dos meus alunos e na da minha escola, que tem um alto índice de vulnerabilidade social”, disse Orione.
Na categoria Jovem, o primeiro lugar foi para Carolina B. Nunes, da UFRGS, com o trabalho ’From the sky to the ground’: fishers’ knowledge, mapping and hydrological data indicate long term environmental changes in Amazonian clear water rivers’. “Estou ainda meio incrédula com tudo isso. Esse trabalho é o artigo do meu TCC, que defendi no final do ano passado. Então receber um prêmio dessa importância logo ali no final da graduação é certamente um grande impulso para que eu continue”, comentou em seu discurso de agradecimento.
Pesquisadores de outros países também usam os dados do MapBiomas, como é o caso da segunda colocada da Categoria Geral. Kathryn Baragwanath, da Australian Catholic University, falou, por vídeo, sobre o trabalho premiado: ’Collective Property Rights Lead to Secondary Forest Growth in the Brazilian Amazon’. “Os dados do MapBiomas ajudaram a nossa equipe a testar e entender rigorosamente a dinâmica de desmatamento e reflorestamento na Amazônia. Essa é apenas mais uma evidência sobre a importância da homologação das terras indígenas.:”
Ao final do evento, Tasso Azevedo, coordenador geral, mencionou a importância de quem usa os dados do MapBiomas: “Nós, do MapBiomas, não geramos impacto direto. O nosso impacto é realizado por quem usa os dados. Então pra nós, o mais importante são vocês que usam os dados. A gente se sente realizado com o que vocês fazem. Cada vez que a gente vê alguma aplicação a gente se sente realizado”.
O Prêmio MapBiomas
Com o objetivo de estimular aplicações e trabalhos que utilizam dados de qualquer iniciativa, módulo ou produto do MapBiomas, a 5ª edição premiou 8 trabalhos, em um total em prêmios de R$80.000, além de três menções honrosas.
Nesta edição, o prêmio recebeu 163 inscrições de 7 países. Os trabalhos foram avaliados por um comitê técnico composto por especialistas. Foram mais de 50 pareceristas e pesquisadores que avaliaram criteriosamente os trabalhos concorrentes.
Nesta edição, além das categorias Geral, Jovem, Destaque Aplicações em Políticas Públicas e em Negócios, foram lançadas duas novas categorias: Aplicações em Escolas e Ações de Combate ao Desmatamento.
Os inscritos citaram ou utilizaram dados das iniciativas da Rede MapBiomas: MapBiomas Brasil, MapBiomas Amazônia, Chaco, Bosque Atlântico, Pampa Sul-Americano e Indonésia. Para entender um pouco mais sobre as iniciativas, acesse: https://brasil.mapbiomas.org/iniciativas-mapbiomas/.
Saiba mais sobre o prêmio e os trabalhos vencedores aqui.